Exportações superavitárias do agronegócio

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O agronegócio desenvolvido em todas as regiões brasileiras, com suas singularidades de mercados, tecnologias, climas e solos, culturas e criações, logísticas operacionais, acesso ao crédito rural, e assistência técnica pública e privada, entre outras condicionantes, abrange um potencial de 5,073 milhões de estabelecimentos agropecuários num país continental com 851 milhões de hectares, o quinto maior do mundo.

Podem-se presumir as complexidades e desafios pertinentes às múltiplas atividades socioeconômicas nos cenários diversos, a que se submetem também o agronegócio mineiro e nacional, onde se transformam ciência, tecnologia e gestão em produtos agroalimentares e agroflorestais, e zelando também pela conservação e preservação dos recursos naturais, que reúnem produtores, empresários, políticas públicas e inovações!

A lógica do abastecimento interno, aliada às exportações historicamente superavitárias, coloca o Brasil exportando para mais de 160 países nesse comércio internacional concorrido e acumulando saldos positivos substantivos no correr dos últimos 45 anos, bem como consolidando ganhos de produção, produtividade, e qualidade nas culturas e criações.

E mais, se fosse considerada a produtividade média brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas (grãos) de apenas 1.266 quilos por hectare, safra 1979/1980, para ofertar de 251,1 milhões de toneladas de grãos, safra 2019/2020 (5º Levantamento da Conab), e produtividade de 3.873 quilos por hectare, seriam necessários não apenas 64,8 milhões de hectares cultivados com grãos atualmente, mas exigidos estimativamente 198,3 milhões de hectares ou mais 133,5 milhões de hectares adicionais!


Ressalte-se que não significa apenas um avanço de produtividade física, indispensável, mas implica, por consequência direta, na redução da área agrícola cultivada, adoção de tecnologias, proteção da biodiversidade; prática da sustentabilidade! Contudo, produtividade e a lucratividade são faces de uma mesma moeda nas artes de plantar e criar, abastecer e exportar. Não haveria como operar no vermelho e demandar inovações!

Assim posto, segundo os pesquisadores Eliseu Alves, Geraldo Souza e Renner Marra (Embrapa), no foco da pesquisa “ Os três problemas da agricultura brasileira ( renda bruta concentrada, excedentes exportáveis e consumo interno de alimentos)” nos últimos quinze anos, entre 2004 e 2019, destaquem-se que os renovados superávits obtidos nas exportações do agronegócio brasileiro foram os seguintes: 2004, US$ 34,20 bilhões; 2005, US$ 38,51 bilhões: 2006, US$ 42,77 bilhões; 2007, US$ 49,70 bilhões; 2008, US$ 59,96 bilhões; 2009, US$ 54,89 bilhões; 2010, US$ 63,04 bilhões; 2011, US$77,46 bilhões; 2012, US$79,41 bilhões; 2013, US$ 82,91 bilhões; 2014, US$ 80,13 bilhões.

Nos 853 municípios de Minas Gerais, e nos domínios dos 607.557 estabelecimentos agropecuários recenseados em 2017 pelo IBGE, são desenvolvidas anualmente atividades agropecuárias e agroflorestais regionalizadas, em menor ou maior escala econômica na diversidade das culturas e criações no Estado, o que demandam inovações tecnológicas e gerando negócios, empregos, renda, tributos, e contribuindo à qualidade de vida dos mineiros; com taxa média de urbanização que atinge os 85%.

Entretanto, é preciso também adicionar outras abordagens gerais nos cenários do agronegócio brasileiro, entre as quais: o Brasil é o maior importador mundial de fertilizantes, e estima-se que o consumo aparente seja de 36,9 milhões de toneladas, uso predominante na agricultura, para uma safra de grãos de 251,1 milhões de toneladas de grãos em 2019/2020 (5º Levantamento da Conab). Porém, a oferta nacional de fertilizantes é de 7,6 milhões de toneladas ou 79,4% deverão ser importados (Reuters); considerável risco para o agronegócio essa dependência externa!

Noutros cenários, numa economia globalizante e polêmica, os cinco maiores exportadores mundiais de tecnologias, produtos e serviços são os seguintes em 2018: China, com US$ 2,494 trilhões; EUA, US$ 1,655 trilhão; Alemanha, US$ 1,555 trilhão; Japão, US$ 738,1 bilhões; e Coreia do Sul, com US$ 605,1 bilhões. O Brasil ocupa o 27º lugar, com US$ 239,5 bilhões, numa lista dos 30 maiores países exportadores. Além disso, em 2018, alinham-se os principais parceiros do Brasil nas suas importações: China, US$ 35,5 bilhões; União Europeia (28 países), US$ 34,8 bilhões; EUA, US$ 28,9 bilhões; e Argentina com US$ 11,1 bilhões (Mdic).

Fonte: Diário do Comércio

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